O secretário de Estado de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, confirmou nesta segunda-feira (07), dois casos suspeitos de infecção por mucormicose, conhecido como fungo negro, na Paraíba. Medeiros afirmou que essa doença acomete pacientes imunossuprimidos, geralmente diabéticos após covid-19 grave.
“Temos pacientes no Hospital Universitário, de Areia de Baraúnas. Os casos estão em análise e brevemente teremos a confirmação ou não da contaminação”, disse em entrevista a uma emissora de TV da Capital.
O secretário afirmou que a doença não é transmissível e que os pacientes sob suspeita estão sendo analisados pela vigilância em saúde do Estado.
Segundo a Agência de Notícias, AFP, em referência aos casos na Índia, geralmente, os afetados com o fungo são pacientes com Covid-19 que já possuíam histórico de diabetes, HIV ou até mesmo já haviam passado por transplante. A maioria, nesse caso, estava com o organismo imunocomprometido. De acordo com a publicação, a propagação da doença, inclusive, foi associada por médicos da Fundação de Saúde Pública da Índia ao uso indiscriminado de esteroides no tratamento do coronavírus.
Sintomas
Sintomas da mucormicose rinocerebral (seios da face e cérebro):
Edema facial unilateral
Dor de cabeça
Congestão nasal ou sinusal
Lesões pretas na ponte nasal ou parte superior da boca que rapidamente se tornam mais graves
Febre
Mucormicose pulmonar (pulmão):
FebreTosse
Dor no peito
Falta de ar
Mucormicose cutânea (pele):
Pode se parecer com bolhas ou úlceras, e a área infectada pode ficar preta. Outros sintomas incluem dor, calor, vermelhidão excessiva ou inchaço ao redor de uma ferida.
Mucormicose gastrointestinal:
Dor abdominal
Náusea e vomito
Sangramento gastrointestinal
Mucormicose disseminada:
Geralmente ocorre em pessoas que já estão doentes devido a outras condições médicas, então pode ser difícil saber quais sintomas estão relacionados à mucormicose. Pacientes com infecção disseminada no cérebro podem desenvolver alterações do estado mental ou coma.