Acidentes com bicicletas já mataram 13 pessoas na Paraíba

Por onde se passa, nota-se a presença das bicicletas circulando pelas vias públicas. O uso delas vai desde a ida ao trabalho até ao passeio do domingo. Além de econômicas, são ágeis, contribuem para melhorar a saúde e também o meio ambiente. Em busca de tornar cidades mais sustentáveis, os gestores estimulam o uso das bikes. Desrespeito, imprudência, ausência de equipamentos de segurança (ciclistas) e aumento da frota de veículos são alguns fatores que contribuem para os acidentes. Somente de janeiro a setembro deste ano, 436 atendimentos de vítimas de acidentes envolvendo bicicleta foram registrados no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena (HETSHL) de João Pessoa. Nesse mesmo período, 13 pessoas morreram na Paraíba, sem ao mesmo chegar a ser atendidas conforme o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

Embora no mesmo período do ano passado, a quantidade de atendimentos tenha sido maior (452) no HETSHL, os atendimentos hospitalares ainda são altos. Para o especialista em mobilidade urbana e presidente da ONG ETEV (Educar para a Vida, Educar para o Trânsito), Luiz Carlos André, dois fatores contribuem para o surgimento dos acidentes: aumento da frota de veículos (carros, motos, bicicletas) e má educação. No entanto, não houve a devida responsabilidade de educar as pessoas no trânsito para o uso das bikes como determina os artigos 74 e 76 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

“A educação para o trânsito deve partir desde a Pré-escola até o Ensino Médio para que os estudantes possam sair das escolas cientes do cumprimento das leis e do comportamento no trânsito”, frisou.

Ainda segundo o especialista em mobilidade urbana, muitos ciclistas, exceto os participantes de pedais que cumprem as normas e se educam, não usam os equipamentos de segurança necessários (capacetes, luzes, entre outros). Como houve o incentivo a trocar o carro pela bicicleta, nem todos a usam adequadamente.

Da mesma forma, o modal de duas rodas até se tornou moda, o que também contribui para o desconhecimento das regras no trânsito. Desde pequeno, Eduardo Ramos, 37 anos, anda de bicicleta.

PBagora