Aldeone diz que Sousa é ‘resiliência’ e questiona estrutura do futebol da Paraíba

Foto: Ramon Araújo/Podcast +Fut/Rede Mais

O presidente do Sousa Esporte Clube, Aldeone Abrantes, conversou com o Podcast +Fut, da Rede Mais, depois de ter se consagrado campeão do Campeonato Paraibano 2024. Ele revelou o motivo pelo qual o Sousa conseguiu cumprir suas metas estabelecidas e também posicionou o Sousa como um gigante estadual.

Em entrevista ao mesmo Podcast +Fut, logo após ter garantido a primeira colocação na fase de grupos da Série D 2023, Aldeone informou que a meta do Dinossauro era, principalmente, o título do Campeonato Paraibano e uma campanha longa na Copa do Brasil. Menos de um ano depois, ele atribui as vitórias à resiliência.

“O nome do Sousa Esporte Clube é resiliência. Essa é a palavra que mais chega no Sousa”, disse. “Eu juro a você não é porque ganhamos nos pênaltis, podíamos ter perdido, mas a gente tinha convicção de que faríamos um grande jogo. Eu dei entrevista a duas rádio e disse ‘ninguém engane-se que tem favorito, porque não vai ter’”, disse Aldeone Abrantes.

A mudança estrutural do futebol paraibano

Para muitos, especialmente para quem tem a visão de fora sobre a Paraíba, aponta três grandes times do estado: Botafogo-PB, Campinense e Treze. Certamente, os três lideram a quantidade de título no estado, acumulam passagens por Série B e C e possuem a maior quantidade de torcedores.

Mas na visão de Aldeone Abrantes, a consistência do Sousa, em especial nos últimos dez anos, consolidou a equipe no topo da cadeia paraibana de futebol. Apesar de ainda sofrer com embates contra Campinense e Botafogo-PB, o Dino possui um bom retrospecto contra o Treze, além de três finais paraibanas nos últimos quatro anos e quartas de final de Série D.

“O que as pessoas tem que encarar e botar agora é os números. Você pega assim os últimos dez anos quem venceu foi o Sousa. Sousa x Treze. Faça o confronto. Quem tem mais vitórias? Vai olhar. Não estou falando quem tem mais tradição, de história, de tempo de fundação. Meu time tem 33 anos. Os caras são centenário. Estou falando futebolisticamente falando”, disse.

“Números, talvez, o Campinense e o Botafogo estejam um pouco melhor que a gente. Mas o Treze não tem, números de confronto direto, não tem. Eles passaram 17 anos sem ganhar da gente em Sousa. O time [Nacional] de Patos faz quase 20. Atlético faz 23 que não ganha no Marizão. Botafogo entrou pra cinco anos que não ganha. Isso prova regularidade do time, e que muitos chegam no confronto desse e diz que o time não tem tradição, não tem camisa. Isso passa até para os atletas que vão jogar”, apontou ao Podcast +Fut.

De fato, Aldeone Abrantes acertou em suas contas. Nos confronto desde 2014, o Treze venceu cinco vezes o Sousa, empatou seis e perdeu em 11 oportunidades. Contra o Campinense, os números não são tão parecidos: 11 empates, sete derrotas e cinco vitórias para o Dino. Já no retrospecto contra o Belo, os números são ruins: 13 derrotas, sete empates e cinco vitórias.

Próximos passos do Sousa em 2024

Depois do terceiro título de sua história, o Sousa Esporte Clube é o único time paraibano a seguir vivo em duas competições nesta segunda etapa de futebol brasileiro. A primeira é, obviamente, a Copa do Brasil, que ainda definirá o sorteio neste mês de abril, com partidas de ida e volta. O Dinossauro pode enfrentar: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Athletico-PR, Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Fortaleza, Internacional, Bahia, Botafogo, Red Bull Bragantino, Atlético-GO, Ceará ou Cuiabá.

A outra competição é a mais importante para o clube do Sertão paraibano. A Série D do Campeonato Brasileiro é a competição que pode dar o acesso à Série C ao Dinossauro, que bateu na porta no ano passando, caindo para a Ferroviária nas quartas de final. Neste ano, divide a fase de grupos com Atlético-CE, Maracanã-CE, Iguatu, Treze, América-RN, Potiguar de Mossoró e Santa Cruz-RN, no Grupo A3.

Leonardo Abrantes – MaisPB