Bolsonaro inelegível: veja repercussão entre políticos paraibanos e entenda próximos passos do processo

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar inelegível por oito anos o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), repercutiu no meio político paraibano.

Partidários do ex-presidente acreditam que houve perseguição do sistema judiciário e que o processo não teve base legal. Já do lado dos opositores de Bolsonaro, a sensação é de que houve justiça.

O que falaram os dois lados

“A gente recebe (a decisão) com tristeza. Foi um processo fraco, impetrado pelo PDT, também teve perseguição do aparato judiciário. Mas isso termina deixando Bolsonaro muito maior, vai continuar líder da direita, dos conservadores”

Nilvan Ferreira, ex-candidato a governador do estado pelo PL

“Foi feita a democracia. Não se pode tramar contra a democracia do Brasil impunemente, este é o recado e a lição”

Cida Ramos, deputada estadual pelo PT da Paraíba

“Ficou claro que o julgamento não tem base legal para cassar os direitos políticos do ex-presidente. Mais uma vítima do ativismo judicial que passa nosso país. Dia triste para a democracia brasileira”

Cabo Gilberto Silva, deputado federal pelo PL

“A inelegibilidade do ex-presidente, decidida – repito – com bases jurídicas sólidas pelo TSE, é uma resposta legal e necessária às suas truculências e ilicitudes cometidas na disputa eleitoral e contra as instituições democráticas”

Tibério Limeira, presidente do PSB em João Pessoa

Decisão deve ser contestada

O advogado especialista em Direito Eleitoral, Ricardo Sérvulo, explicou os próximos passos do processo. A defesa do ex-presidente poderá entrar com um recurso no próprio TSE ou diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Haverá publicação do acórdão e a partir do momento que for publicado, pode haver a interposição do embargo de declaração, que visa clarear qualquer possibilidade de contradição ou omissão no julgado. Também pode visar o efeito modificativo da decisão, que seria um pedido de reconsideração, um novo julgamento, que na prática não acontece com muita frequência”, disse.

Portal Correio