A deputada estadual Cida Ramos (PT), eleita presidente estadual do Partido dos Trabalhadores na Paraíba, e a responsável por comandar a sigla no estado durante as eleições de 2026, defendeu que a prioridade da legenda será garantir um palanque forte para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Questionada na TV Arapuan sobre o que será mais importante na estratégia eleitoral, se manter a aliança com o PSB ou buscar protagonismo político, ela disse que ‘Lula está acima da legenda’.
“A eleição do presidente é uma prioridade para o partido nacionalmente e uma prioridade para o PSB que é um aliado de primeira ordem. Lula é mais do que o PT, ele representa a figura que defende a soberania nacional, a democracia e, sobretudo, valores e interesses do andar de baixo. Essa prioridade deve ser exposta com a base de aliados”, declarou.
Sobre os cenários de aliança para 2026, Cida disse que é improvável que um candidato ao governo na Paraíba recuse ter o PT em sua chapa, dada a força eleitoral de Lula no estado.
“Eu não tenho problema nenhum de conversar com nenhuma força política. Agora, a nossa conversa passa por projetos e valores, pelo palanque do presidente Lula porque nós temos um governo, o PSB é aliado do presidente. Eu não vislumbro um distanciamento. Nós temos resolução municipal, estadual que coloca o governo como aliado. Lula tem 67% na Paraíba com possibilidade de ampliar muito, então quem é que não vai querer um partido como o PT que tem tempo de televisão, capital político e militância que vai às ruas?”, afirmou.
Cida também comentou a aproximação recente do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), com o presidente Lula e o PT. Apesar dos acenos, ela rechaçou a possibilidade de Galdino ou do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), ingressarem na sigla.
“Fazer essa fala sobre Lula nos alegra, mas uma aliança vai além do que expressar o apoio, é preciso uma construção. Me perguntam: Cabe Adriano, cabe Cícero no PT? Eu acho que não cabe em função dos valores que eles defendem, das ideias, da trajetória política que é muito diferente. Não quer dizer que não possa ter algumas alianças, agora eles entrarem no PT, não cabe”, concluiu.
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