Eleita em 2018 numa chapa de oposição ao projeto do PSB na Paraíba, a senadora Daniella Ribeiro (PP) declarou nesta quarta-feira, em conversa com o Portal Paraíba, que está com as portas abertas para discutir com o governador João Azevedo (PSB) a defesa da inclusão de estados e municípios na PEC da Reforma da Previdência que começou a tramitar no Senado Federal, após chegar aprovada em dois turnos na Câmara Federal.
A senadora paraibana não quis adiantar seu voto sobre o texto que veio da Câmara nem especificamente sobre o apelo que vem sendo feito pelos governadores de que as regras já deveriam sair do Congresso valendo para estados e prefeituras. Preferiu dizer que não fechou questão sobre o tema.
Segundo ela, é hora de ouvir todos os lados. “A matéria começou a tramitar agora no Senado e nós vamos ouvir todos os segmentos envolvidos, incluindo governadores e prefeitos, sejam eles de nossa base eleitoral ou não”, disse a senadora, minutos após ter recebido prefeitos paraibanos em seu gabinete.
Ela declarou que já sinalizou para o governador João Azevedo que pudesse contar com ela na apresentação dos interesses do Governo do Estado. “Espero que o governador tenha a compreensão de que pode me procurar para tratar desse assunto (inclusão dos estados) e de outros temas que ele achar necessário”, disse.
Em se tratando da bancada paraibana, até agora o governador João Azevedo tem certo apenas o voto do senador Veneziano Vital do Rego, do PSB, que já declarou ser favorável à inclusão da previdência estadual no texto original da PEC.
Apesar da garantia da abertura do diálogo, a senadora Daniella Ribeiro não deverá se afastar muito da posição de manter o texto como veio da Câmara, ou seja, com estados e municípios de fora, sendo obrigados a fazerem em suas respectivas casas legislativas suas próprias reformas.
Na Câmara Federal, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, irmão da senadora, foi um dos que mais trabalharam para que estados e municípios fossem incluídos. A visão dele, comungada pela maioria dos deputados federais, é que de este desgaste pela aprovação da reforma das previdências estaduais e municipais deve ser repassado para governadores e prefeitos. E não para os congressistas.
Os governadores querem exatamente o contrário.
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