Delegado emite nota sobre agressão de jovem em Piancó

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Diante das inúmeras narrativas mentirosas e sensacionalistas, invertendo os papéis de vítima e agressor, veiculadas na mídia sobre a agressão sofrida pelo menor Infrator heterofóbico KAUÁN, de 14 anos, venho à público esclarecer a verdadeira dinâmica dos fatos.

No dia 28 deste mês, por volta das 11hs e 50min, recebi uma mensagem da escola Compacto de Piancó, pedindo para lá comparecer. Ao Chegar na escola me deparei com uma cena que não desejo a nenhum pai, minha amada filha de criação Ana Sophia de 12 anos, com o dente da frente deslocado para fora e os lábios com sangramento já coagulado, além de um galo com hematoma acima do olho esquerdo.

Perguntei quem era a menina que havia agredido minha filha e para minha surpresa fui informado que se tratava de um menino de 14 anos, ou seja, dois anos mais velho que ela. Mesmo em estado de choque, perguntei à minha filha o motivo de tamanha violência e ela me respondeu que foi procurada por um colega que lhe disse que o Menor infrator estava namorando com ela. Minha filha respondeu que isso não era verdade e que ele não gostava de mulher, se vangloriando na escola por namorar homens de trinta anos.

Esse mesmo colega que trouxe a informação à minha filha, foi dizer ao Menor infrator que Ana Sophia havia dito que ele não gostava de mulher. Assim, o Menor Infrator passou a ameaçar Ana Sophia dizendo que iria pega-la na saída. Quando minha filha estava saindo da escola foi surpreendida pelo Menor Infrator que lhe desferiu um murro na boca e outros quatro socos na cabeça, dando uma verdadeira surra em minha filha, sem que esta tivesse chance de se defender. Minha filha narrou ainda que o Menor Infrator Heterofóbico teve que ser contido por um motorista de Van que passava na hora, caso contrário o Menor infrator continuaria a agredir o rosto de minha filha.

Tomado por um sentimento incontrolável de ódio, me informei sobre o endereço do Menor Infrator e me dirigi para lá com o fim de apreende-lo em flagrante. Mesmo minha filha estando em prantos, a coloquei dentro do meu carro e ao Chegar na porta de sua humilde casa, escutei o agressor de meninas se vangloriando de ter agredido minha filha dizendo “dei na cara dela, eu disse que ia dar e dei”. Neste momento não tive dúvida sobre quem era o autor de tamanha covardia e após abrir a porta que estava destrancada, adentrei na sala de sua casa e passei a dizer que
Ele iria pedir desculpas pela covardia que fez contra minha filha.

Mesmo estando protegido por familiares que partiram para cima de mim, o menor veio em minha direção e disse “sou muito homem de pedir desculpas”, se aproximando cada vez mais de mim. Ao chegar muito próximo de mim, perdi o controle emocional e desferi um soco no mesmo dente que ele arrancara de minha filha, indo embora imediatamente da casa.

Após isso levei minha filha ao Dentista de Piancó Dr. Cássio,tendo este marcado o tratamento para depois de desinflamar o local, e posteriormente a levei ao Hospital infantil, onde foi medicada. Tanto o dentista quanto a médica, me entregaram o exame de corpo de delito, já juntado no procedimento polícial que estou movendo contra o menor infrator heterofóbico.

Após minha filha ter sido medicada, me dirigi à Delegacia Regional de Polícia Civil em Patos e me apresentei ao Delegado Regional Dra. Cristiano Jackes, o qual tomou o meu depoimento e o de minha filha.

Ao sair da Delegacia Regional fui informado sobre o espetáculo que se formava na mídia, colocando o Menor infrator como vítima e este Delegado como o malvado agressor de adolescente, além de se questionar porque que um Delegado perdeu o controle emocional diante de uma crime, já que o profissional da segurança é treinado para isso. Informo que em nenhum momento agi como Policial e sim como pai, e sem conseguir entender como um adolescente é capaz de tamanha violência contra uma menina de doze anos.

Se veicula também que o menor é portador do espectro autista, fato este desmentido por todos os colegas de minha filha. Caso seja verdade, o Menor Infrator foi muito homem e não autista na hora de agredir minha filha.

Lamento à postura da Escola Compacto que não deu um telefonema sequer para minha filha, emitindo nota de apoio a família do Menor Infrator. Lamento a postura do Conselho tutelar de Piancó que não prestou qualquer apoio a minha filha, nem mesmo um telefone para este Delegado.

Informo enfim que toda esta situação vendo causando profundo sofrimento a mim e minha filha, que está sofrendo crises de pânico, chorando dia e noite. Esta madrugada fui acordado por ela em prantos dizendo que escuta o barulho do murro e de seus dentes quebrando a todo instante.

Minha filha foi criada com o máximo de amor e cuidado e ao contrário do que fez a família do Menor infrator, preferi não expor as lesões de minha filha nas mídias, sendo ela avaliada e fotografada por uma Perita no Numol de Patos. Nunca passou por sua cabeça que no mundo haveria alguém capaz de tamanha crueldade e violência. Mesmo tendo devolvido a agressão sofrida na mesma proporção, minha filha foi agredida sem motivo,
já o Menor infrator sabe exatamente porque foi agredido.

Lamento ainda minha saída da cidade de Piancó, a qual me radiquei com um filho que acabou de completar dois anos e onde fiz muitos amigos.

Meus advogados estão acionando os pais do Menor Infrator Heterofóbico a fim de arquem com os custos do tratamento dentário e psicológico de minha filha, a qual já foi encaminhada também para o psicólogo.

Piancó 01 de setembro de 2023.

RODRIGO PINHEIRO
DELEGADO

A Sua Excelência o Senhor
Delegado Presidente da ADEPDEL
STEFERSON NOGUEIRA.

Fonte: Vale News PB