Um estudo conduzido por pesquisadores das universidades de Shenzhen e Shantou, na China, revelou que manter uma vida sexual ativa, com uma ou duas relações por semana, pode melhorar a saúde mental e reduzir o risco de depressão. A pesquisa foi publicada neste ano na revista científica da Sociedade Internacional de Transtornos Afetivos.
Os cientistas analisaram dados de quase 18,8 mil adultos, com idades entre 20 e 59 anos, nos Estados Unidos, comparando a frequência sexual dos participantes e seus indicadores de bem-estar emocional.
Resultados e conclusões do estudo
Os resultados mostraram que pessoas com vida sexual mais ativa apresentaram melhor equilíbrio emocional e menor risco de desenvolver depressão, em comparação com aquelas que tinham relações sexuais com menor frequência.
Segundo os autores, o sexo pode atuar como um “termômetro biopsicossocial”, influenciando aspectos biológicos, psicológicos e sociais do indivíduo. Essa interação, de acordo com o estudo, ajuda a reduzir sintomas depressivos, melhorar o humor e fortalecer vínculos afetivos, o que impacta diretamente na saúde mental.
Especialistas reforçam os benefícios
A ginecologista e obstetra Aline Ambrósio, especialista em sexualidade humana no Hospital Israelita Albert Einstein, explicou que diversas pesquisas científicas já apontam efeitos positivos da vida sexual sobre o bem-estar psicológico.
“A vida sexual ativa estimula a liberação de hormônios ligados ao prazer e à satisfação, como a oxitocina e a endorfina. Esses hormônios ajudam a reduzir o estresse e promovem uma sensação geral de felicidade”, destacou a médica.
Ela acrescenta que o sexo, quando praticado de forma saudável e consensual, contribui para a autoestima e para o fortalecimento emocional.
Sexo e equilíbrio emocional
Os pesquisadores destacam que o sexo pode atuar como regulador emocional natural, promovendo relaxamento, conexão afetiva e bem-estar físico. Além disso, a prática regular melhora a qualidade do sono, reduz a ansiedade e estimula o sistema imunológico.
Contudo, os autores ressaltam que a frequência ideal varia de pessoa para pessoa, e que o importante é a qualidade das relações e o consentimento mútuo, não apenas a quantidade.
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