O deputado federal paraibano, Gervásio Maia (PSB), será um dos defensores do governo Lula (PT) na CPMI dos Atos de 8 de Janeiro que dever ser instalada nos próximos dias no Congresso Nacional. O parlamentar paraibano foi indicado pelo líder do PSB, Felipe Carreras.
Maia é considerado um dos defensores de ‘primeira linha’ do governo e na prática vai encarar a disputa de narrativas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre o 8 de janeiro, quando centenas de pessoas invadiram a sede dos três poderes da República, em Brasília, e destruíram os espaços.
Cenário de polarização
Uma vez que a Comissão Parlamentar de Inquérito do 8 de janeiro se tornou um cenário inevitável, o governo Lula quer agora usar a comissão para investigar os financiadores dos atos antidemocráticos.
A avaliação é de que com quebras de sigilo fiscal e bancário, umas das prerrogativas de Comissões Parlamentares de Inquérito, será mais fácil chegar aos empresários que financiaram a invasão dos poderes.
Já a oposição quer cristalizar a ideia de que a destruição só aconteceu porque houve omissão e até estímulo de integrantes do governo Lula. Mesmo com estimativas contrárias, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), acredita que formará maioria.
Marinho chegou a afirmar ser preciso identificar se houve ação por “incompetência ou malícia” para que a Justiça aplique a punição adequada. Na avaliação do senador, o governo tenta “aparelhar” a CPMI. Marinho disse ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está focado em construir alianças para as eleições de 2024.