Paraíba tem seis pontos de interdição nas BRs e alternativos planejam marcha até João Pessoa

Chegam a seis os pontos de interdição nas BRs feitos por motoristas de transporte alternativo da Paraíba na manhã desta terça-feira (06). Só no Sertão são cinco pontos e os alternativos bloqueara também o km 31 que fica entre João Pessoa e Bayeux.

Até o momento estão bloqueados nos dois sentidos a BR-230 nos kms 399 (Pombal), 422 (acesso a Catolé do Rocha) 331 e 344 (Patos), na BR-361 km 8 e no km 32 (João Pessoa).

O presidente da Cooperativa dos Transportes Alternativos (Cooptas), Jonas Rolim, afirmou que a manifestação acontece devido a um impasse que a categoria chegou com o governo estadual. Ele lembrou que em 2014 foi aprovada uma lei que regulamenta os alternativos, tratando-os como motoristas complementares, no ano seguinte foi criado um conselho gestor e depois disso apenas este ano, de acordo como Rolim, que o Departamento de Estradas e Rodagens da Paraíba (DER) informou que não tem condições de fazer um estudo técnico que é um dos requisitos para fazer as concessões.

Na noite desta segunda-feira (05) houve uma carreata nas ruas de Patos e já nas primeiras horas da manhã as rodovias foram bloqueadas.

“Decidimos que haverá essa paralisação e sairá uma comitiva de Patos para se juntar a motoristas de Monteiro, Campina Grande, Brejo e João Pessoa para pressionar o governo a fazer as concessões”, disse.

Além disso ainda há uma lei sancionada pelo presidente Bolsonaro que vai transformar a categoria “ainda mais em marginal”, que é uma modificação no código de trânsito. Já existe uma lei e ele modificou a multa que passou de média e retenção do veículo, para gravíssima com remoção do veículo. O presidente da Cooperativa comentou ainda que esse tipo de legislação gera um custo muito alto para os alternativos, além da demora para conseguir retirar o veículo.

Os alternativos querem se reunir com João Azevêdo, pois acreditam que a legislação estadual regulamenta o transporte complementar e retira eles do alcance da lei federal.

Em João Pessoa, Carlos Zima, um dos representantes dos alternativos também prometeu fechar o trecho entre João Pessoa e Bayeux e só sair quando conseguirem falar com o governador.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a legislação já existe no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) a respeito de transporte irregular tanto escolar quanto de passageiros, a nova legislação torna mais rigorosos o inciso 20 do artigo 230 e 8° do argigo 231. O transporte escolar não legalizado passaria de grave para gravíssimo que são 7 pontos na carteira e R$ 924 e o alternativo sem autorização pegaria uma pena maior aproximadamente R$ 1500,00 que é o fator multiplicativo cinco na gravíssima.

Marília Domingues – paraiba.com.br