Polícia Federal apreende R$ 40 mil em nova etapa de operação contra crimes eleitorais na Paraíba

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (4), a Operação Fantasia, que apura uma tentativa de fraude processual no âmbito de investigações sobre compra de votos e outros crimes eleitorais.

Mandados de busca e apreensão são cumpridos em João Pessoa e em Patos. Na Capital, as atividades acontecem nos bairros Manaíra, Portal do Sol e Jaguaribe. Em Patos, a operação ocorre no bairro Brasília. Quarenta mil reais foram apreendidos em um dos endereços.

A Operação Fantasia é o terceiro desdobramento da Operação Mercador, que foi deflagrada em outubro do ano passado, com a apreensão de R$ 173 mil e ‘santinhos’ de um candidato às Eleições.

De acordo com a Polícia Federal, a tentativa de fraude processual investigada na Operação Fantasia ocorreu quando uma empresa, usando fundamentação ideologicamente falsa, pediu restituição de valores apreendidos no inquérito inicial.

Os crimes investigados são os previstos nos artigos 299 e 347 do Código Penal, cujas penas somadas podem chegar até 8 anos de reclusão.

Entenda o caso

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu R$ 173 mil em espécie no dia 23 de setembro de 2022, em Santa Luzia, no Sertão da Paraíba. O dinheiro estava em um carro que também transportava material de campanha eleitoral.

Em 14 de outubro, a Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar a origem e a provável destinação do montante. A operação foi batizada de ‘Mercador’.

Em 8 de fevereiro deste ano, foi deflagrada a Operação Talir, desdobramento da Mercador. Um cofre com mais de R$ 800 mil foi achado na casa do coordenador financeiro da campanha de um candidato das Eleições 2022.

No dia 23 de março, a Polícia Federal realizou a Operação Transporte Limpo, para investigar crimes de transporte ilegal de eleitores e compra de votos. Mandados judiciais foram cumpridos em João Pessoa, Patos e São José do Sabugi.

Até o momento, a Polícia Federal não divulgou qual político estaria envolvido no esquema, nem se ele foi eleito.

Portal Correio