O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) concedeu entrevista neste dia 07.06.2021 ao Jornal Hora Onze, da Rádio Universidade FM, que é conduzido pelo jornalista Misael Nóbrega.
Misael Nóbrega indagou se Ricardo sustentava a afirmação de que é inocente sobre as investigações da Operação Calvário, e Ricardo disse: “evidentemente que sustento”. O ex-governador complementou dizendo que tem apenas uma conta bancária e patrimônio coerente com trinta anos de salário, e que nunca houve depósito em dinheiro suspeito em sua conta.
Ao discorrer, Ricardo disse que o que há é a construção de uma narrativa contra o melhor governo que o Estado da Paraíba já vivenciou, segundo todos os indicadores sociais, econômicos e humanos. Ricardo citou obras estruturantes dos seus governos na cidade de Patos, para fundamentar os indicadores, como construção de escolas de tempo integral, quartel de Bombeiros, estradas, permuta do presídio com a FIP e outros investimentos, disse ele. Ainda sobre o seu governo, ele continuou e disse que o PIB da Paraíba cresceu 14,8%, enquanto o Nordeste cresceu 8,8% e o Brasil pouco mais de 4%, no período em que governou.
O ex-governador trouxe à tona o caso Lula, em que o Juiz Moro foi considerado suspeito, e comparou ao seu caso, indicando uma ofensiva aos governos democráticos. Ricardo afirmou que o que ocorreu sobre os seus governos é semelhante ao que ocorreu no cenário nacional, e acrescentou “… a Paraíba foi, do golpe contra Dilma até a ascensão de Bolsonaro, a porta aberta de resistência e defesa da democracia, na defesa de governos que deram certo e têm posição política”.
Ao ser perguntado sobre a sua performance nas eleições municipais de João Pessoa, Ricardo disse que não seria candidato e tentou articular com outras forças uma candidatura, mas que em razão do insucesso, quis se lançar para fazer o contraponto aos grupos que ele classificou como o atraso político da Paraíba. O ex-governador também afirmou que a narrativa jurídica contra ele novamente se fez presente, e isso fortalece exatamente os velhos grupos políticos. Ele disse que, mesmo assim, obteve 40 mil votos. Sobre 2022, Ricardo cravou e disse que é candidato a um cargo majoritário.
O Jornal perguntou a Ricardo se ele se sentiu traído pelo governador João Azevedo. Na resposta, respondeu o ex-governador: “… João Azevedo fez mais do que uma traição política, porque traição política existe demais, não é anormal”. Ricardo sugeriu que João Azevedo contribuiu para a produção de narrativas que tentam criminalizá-lo e por isso João terá vida curta na política. E ainda disse: “É um governo sem alma, porque vendeu a alma e o melhor projeto que este estado já teve”.
